terça-feira, 13 de abril de 2010

O ultimo adeus

Em 2009 meu avô chamado Ângelo Simoni deu sua ultima entrada no Hospital Municipal de Aratiba. Fui visitá-lo no dia 22 de dezembro, naquele dia ele já estava melhor, dava risada e falava em italiano como de costume, respirei aliviado, pois temia que pudesse ser o ultimo encontro. Três dias se passaram e meu avô voltou para casa, no interior de Aratiba na comunidade da Gruta.
O ano virou e no dia 20 de janeiro meu avô acordou já não conseguindo falar foi o momento que meu coração sentiu um frio. Todos os seus filhos se reuniram em sua casa, todos temendo sua perda, vi minhas tias todas chorando senti que alguma coisa ali estava errada.
As horas foram passando ninguém de meio dia almoço. Chegando a noite meu pai e meu irmãozinho tiveram que voltar pra casa, pois meu pai tinha que acordar cedo para trabalhar. Eu e minha mãe permanecemos no local, às 20 horas chegam os enfermeiros, e ao terminar a consulta eles saíram do quarto falaram para meus familiares que seus órgãos estavam parando aos poucos, quando perguntei se havia algum modo de ajudá-lo, eles responderam que sim, mas só se a gente preferisse que ele sofresse mais. Então voltamos ao quarto e foi quando meu avô buscou em seu coração forças para chamar sua mãe dizendo “ mãe vem me buscar”. Aquilo me marcou quando vimos que estávamos perdendo um membro da família. Foi quando ele chamou meu nome, me pegou no braço e então falou bem baixo “Guilherme não deixe o seu sonho morrer”. Então ele soltou uma lágrima, apenas uma lágrima e deu o último suspiro.
Ele veio a falecer no dia 21 de janeiro de 2009. Após aquele momento sentei-me em uma cadeira logo no canto, enquanto todos o cercavam para dar o adeus final. Então saí lá fora secando minhas lágrimas, sentei em um sofá onde ele sempre sentava, olhei pro céu e pensei “porque eu, porque ele falou aquilo justo pra mim”, talvez porque eu fosse o neto e afiliado dele, mas não, não foi por isso e sim porque passei todos os momentos ao lado dele contando sobre meu sonho de ser jogador de futebol. Logo liguei pro meu pai em Erechim e contei o que havia ocorrido, ele me falou que a dez anos atrás o seu pai havia morrido no mesmo dia e mês. Um fato que me marcou para sempre, jamais me esquecerei daquele momento.


Nome: Guilherme Lucas Turma: 11B

Nenhum comentário:

Postar um comentário